O corpo adormecido, a cabeça ainda em transe, o quarto pequeno abafado e úmido com o cheiro do sexo recém terminado
Dois corpos nus que atingiram o máximo de intimidade possível a dois seres humano, cada um deles tocou peles desconhecidas até para o próprio dono. Se embriagaram no êxtase e no suor alheio, se sentiram acolhidos no vai e vem de quadris e atiçados pelo peso da mão outra.
Entregues e sem se importar com o dono da saliva, do suor e das três lágrimas que descerem de olhos, o casal aproveitava o toque e o desafio de se importar mais com o outro corpo.
No clímax do encontro ele se tornaram unos, pensavam igual, sentiam o mesmo e fecharam os olhos ao mesmo tempo.
Mas quando o corpo cessou a tremedeira, a cabeça reiniciou e a janela foi aberta eles voltaram ao ponto em que eram completos desconhecidos, que sequer conseguiam achar algum terreno em comum para iniciar uma conversa.
Com os jeans vestidos e o cabelo porcamente arrumado trocaram dois beijos - ternos -, um abraço e saíram porta a fora.
<Augusto Nessuno>
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