domingo, 1 de março de 2015

Pra mim chega!!


Não quero mais falar de sentimento,
isso eu deixo para os poetas.
Quero falar de pele, de toque, de tesão,
da merda do cheiro do seu mijo quando você toma
[muito café!


Vou falar de buceta, de pau, de gozo,
dos segundos de respiração presa antes do alívio.
Vou falar de diarreia, de suor, de saliva, de
[fluído e de gosto.


Posso até falar de moscas, aranhas, minhoca e pernilongo,
da ferida que de tanto coçar sangrou.
Posso falar dos bêbados, dos mal encarados, do mau cheiro
[do centro
Mas as mãos dadas, pôr do sol e seu rubor eu deixo pro próximo.


Porque eu, humano, feito de carne, sangue, coração e fedor,
sempre escolherei o palpável, o tangível, o baque de não
[ir ao chão.
Mas me abaixo e respeito o lirismo quando ele sai campeão.



Adriano Leonel (27/02/15)

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