Quando chegamos à idade adulta - 18 anos, geralmente - parece que atravessamos uma porta. Até então somos meros adolescentes que não sabem muito o que vai acontecer depois depois do notório ensino médio. Mas de repente, junto com sua nova permissão para dirigir, beber e até de fazer merda sem que seus pais levem a culpa, vem uma bomba relógio que é amarrada junto ao seu pescoço. Uma bomba relógio que vai explodir em aproximadamente 10 anos, mas que eventualmente, dará pequenos estalos para você se lembrar que ela está lá. Esses estalos são provocados por certas perguntas-chaves que todo jovem adulto ouve de vez em quando. Elas começam bem inocentes com “E aí, quando vai arrumar o primeiro emprego?”, “E o Vestibular?”, “Já vai começar a faculdade?” e vão piorando quando o tempo passa:
“Quando você vai se formar?”, “Quando vai sair da casa dos seus pais?”, “Esse namoro não vai virar casamento?” “Já pegou todas nas festas da faculdade?”
Todas elas podem se traduzir em uma única coisa: A sociedade nos dizendo “Quando você vai se tornar um de nós?”
Calma.
Porque exigem de um menino de 18 anos, ou um jovem de 24 para ter uma vida construída quando ambos mal saíram da adolescência?
Calma.
A vida não é assim. Vamos por partes. Um passo de cada vez, porque todos eventualmente precisam se entender, se achar. Muitos se esquecem que a vida não é baseada somente no emprego. Que o mais importante é seu caráter, e não sua carreira. Os padrões da sociedade estão tão enraizados que as pessoas esquecem que nem todos querem ser como eles.
Nem toda mulher quer casar, ter filhos.
Nem todo homem quer “pegar todas”.
Calma. Nem todo mundo é assim.
By Vitor Murano.
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