quinta-feira, 19 de março de 2015

Querido Daniel

Este texto é sobre você, é sobre abrir o coração e conhecer o outro. É sobre, inclusive, se encantar pelo outro. É sobre se inspirar. É sobre o afeto.

Foi numa segunda-feira em que te vi pela primeira vez. Lembro bem, você chegou atrasado, muito animado para uma segunda-feira de manhã, você gritou um "aeeee" e disse que era do Itaim Paulista e do teatro. E eu pensei, "quisera eu ter toda essa energia logo pela manhã".

Você gritou esse "aeeeee" muitas vezes e confesso que algumas vezes achamos inadequado mas quem sou eu para falar de adequação? Ninguém, obviamente.

Tenho observado a minha própria recepção diante de todos os "aeeee"s e percebi que hoje todos esses "aeeee"s são um agrado para os meus ouvidos. E acho até que para os ouvidos dos outros também.
Me pareceu uma questão de costume, de olhar mais atentamente para o que está perto e ficar encantada.
Em tempos difíceis sua alegria das manhãs de segunda me consolam, aquecem o meu coração. E eu me sinto acolhida pela sua energia cativante. E quando os tempos não estão tão difíceis também.

Um dia estávamos organizando os livros de uma emissão. Achamos um livro muito colorido que achamos muito bonito. Vimos o título e era "O que dizem os umbigos". Olha! É o livro do Dani!
E então lemos a sua poesia que estava ali e guardamos aquela sensação reconfortante para o resto do dia.

A sua presença é reconfortante, e sinto que o seu abraço é cheio de afeto, de verdade. E diante disso, só gratidão por cada  vez que me sinto comtemplado por um abraço e um sorriso seu.

Você é bom na poesia e eu pensei nisso ao escrever essa prosa. Mas acho que a partir de você, tudo fica mais poético.

(Mayra Guanaes)

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